A crase ocorre quando temos de juntar duas vogais iguais em uma frase. Por exemplo, a preposição "a" seguida do artigo "a", resultará no "a" com crase.
A crase é representada por um traço invertido em cima da vogal (acento grave): à
crase Por ser formada pelo artigo "a", a crase só aparecerá antes de palavras femininas.
Uma boa dica para saber se existe crase em uma vogal, é trocar a palavra feminina para uma masculina. Se nessa troca, aparecer "ao(s)", significa que existe crase. Exemplo:
Vou à igreja -> Vou ao shopping.
Note que a verbo ir (vou) exige preposição, e igreja é uma palavra feminina. Quando trocada por "shopping", o "a + a" tornou-se "ao". Então existe crase.
Nunca existirá crase antes de:
Palavras masculinas
Verbos
Entre palavras repetidas (dia-a-dia)
antes de artigos indefinidos (um, umas, uns, umas)
antes de palavras no plural se o "a" estiver no singular
antes de numeral cardinal (exceto se indicarem hora)
Sempre ocorrerá crase:
Antes de locuções prepositivas, adverbiais e conjuntivas: às vezes, à toa, à esquerda, à noite ..
antes de numeral cardinal indicando hora
Pode ou não ocorrer crase
- Antes de nomes de cidades, lugares, países, etc. Um bom truque para saber se vai crase ou não, é encaixar a palavra em questão na frase:
"Vou a, volto da, crase há! vou a, volto de, crase pra quê?"
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terça-feira, 29 de abril de 2014
sábado, 26 de abril de 2014
Crase
A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que se dá à "junção" de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição "a" com o artigo feminino"a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o "a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe:
Vou a a igreja.
Vou à igreja.
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe os outros exemplos:
Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino "a" ou um dos pronomes já especificados.
Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome demonstrativo "a" (s) após uma preposição "a":
1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a formaao, ocorrerá crase antes do termo feminino.
Veja os exemplos:
Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno.
Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.
2- Trocar o termo regente acompanhado da preposição a por outro acompanhado de uma preposição diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase.
Veja os exemplos:
- Penso na aluna.
- Apaixonei-me pela aluna.
- Começou a brigar.
- Cansou de brigar.
- Insiste em brigar.
- Foi punido por brigar.
- Optou por brigar.
Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição "a" ou do artigo "a", é preciso provar que existem os dois.
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